quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Dia e a Lista

Então era hora da gente se mexer! Começar do zero mesmo... descobrir onde se casa, qto se paga, se é possível. Mas pra pedir orçamentos, precisávamos primeiro saber:
  • A data que queremos casar;
  • O número de convidados.
Uma coisa que sempre tive em mente é que não queria casar no sábado. Ok, sei que é o mais comum e cômodo para os convidados, mas acho chique casar durante a semana, numa terça ou quarta... Só que aí viriam os problemas de hora, distância, trânsito... Então optamos por um domingo. Essa decisão acabou sendo muito sábia, porque quando começamos a buscar local pra comemoração, descobrimos que a maioria já não possuía sábado livre em 2010.

Além disso, tinha que ser depois da formatura do Rodrigo, pra que possamos ter lua de mel. Então, assim que soubemos que dia seria a formatura, concordamos em casar no fds seguinte. Mas qdo comunicamos à minha família a data escolhida, veio logo um impedimento. Não poderia ser naquele dia pq seria antes da formatura de minha sobrinha em Floripa. Ok, adiemos para a semana seguinte.

Na verdade vou confessar aqui: eu fiz a numerologia dos dias. Eu não queria casar em qq dia. Queria um dia que trouxesse boas influências para nosso casamento. Rodrigo achou isso uma besteira, mas disse: se é importante pra vc, é importante pra mim. ;-)

Só que um outro domingo numerologicamente compatível com meu desejo só aconteceria novamente em janeiro de 2011. E Rodrigo quer casar em dezembro de 2010. Queremos passar o próximo Natal casados! ;-)

Então mandei a numerologia pro espaço... Mentira, não foi bem assim porque não sou tão desprendida. Mas arrumei outra avaliação numerológica que se adaptasse ao nosso novo domingo, dei uma nova interpretação às contas e assim até que fiquei satisfeita! ;-)

Qto à lista de convidados... bom, essa é uma novela à parte. E sei que essa novela não acabará tão cedo, pois mta coisa pode mudar até lá. Comecei colocando a família, os amigos de sempre, os amigos de facul, os amigos de trabalho, outras pessoas queridas. E aos poucos a gente vai se lembrando de mais alguém que a gente gosta mto, que tem pouco contato mas que considera grande amigo e gostaria de ter por perto nesse dia. E pronto, de repente a lista explode. Porque cada um dos primos e dos amigos queridos traz tb um cônjuge ou namorada... Porque se vc chama um querido do grupo mas não chama o grupo todo, pode criar antipatia... Porque se alguém fica sabendo que vc vai se casar, já se considera na lista...

E sem falar nas crianças... Daí eu decido que as crianças serão definitivamente banidas do meu casamento, com exceção dos meus amados sobrinhos e da daminha. É uma festa de adultos e não acho que será divertido para as crianças. Não quero crianças correndo entre as mesas, gritando, chorando e não entendendo a importância do momento.

Mas como banir as crianças sem ser deliberadamente grosseira? Como convidar os mais chegados e não chamar o grupo todo sem parecer rejeição?

Não, eu não encontrei as respostas. O primeiro passo foi incluir todo mundo! Deus, mundo e seu Raimundo! Depois, fiquei ligeiramente desconfiada de que a lista estava enoooorme e de que, somada à lista do Rodrigo, teríamos que bancar um mega evento milionário em algum lugar bem grande, quiçá no Maracanã.

Ok, exageros à parte, percebi que não daria pra fazermos a comemoração simples e singela que queríamos (e que o orçamento permitiria) com o número de pessoas que a lista apresentava.

Descobri que era preciso cortar nomes da lista, descobri que isso é normal e que as pessoas compreendem (espero que sim).

Ainda assim a lista permaneceu grande (como é difícil cortar nomes!). Daí belo dia Rodrigo propôs: façamos uma pequena recepção só para a família. Ok. Levamos a idéia para meus pais e meu pai achou ótimo. Minha mãe disse ok, mas começou a listar quem seria a pequena família para a qual faríamos a pequena comemoração:

Pais, irmãos, cunhados, sobrinhos. Ok. Avós e padrinhos... ok. Mas se chama a madrinha que é tia, tem que chamar os outros tios. Claro! Mas todos os primos chamaram para os casamentos deles. São primos. Ok. Todos os primos são casados (e nem estou considerando os filhos dos primos). Ok. Mas tb temos que chamar os amigos mais chegados da família, os melhores amigos dos meus pais. Ok. Eu tb quero alguns poucos amigos meus... E mesmo cortando Deus, mundo e Seu Raimundo, temos 100 pessoas nessa petit liste! Isso sem considerarmos os tios do Rodrigo.

Bom, mas essa lista me angustia! Como assim não poderei convidar nenhum amigo do trabalho? Converso com eles e ninguém reclama. Todos compreendem. Mas eu quero compartilhar esse momento, poxa! E voltamos a aumentar a lista aos poucos... (Essa lista emagrece e engorda num efeito sanfona que eu jamais vi igual!).

Daí descobri que devíamos fazer duas listas: a lista A e a lista B. A lista A é composta daquelas pessoas essenciais, a família, os amigos mais imprescindíveis... E a lista B é composta daquelas pessoas que vc quer mto ver presentes à sua festa, mas que se o sapato apertar, vc não poderá convidar...

E finalmente vc descobre que, ainda que sua festa de casamento seja um pagode na laje ou um jantar no Copacabana Palace, o tamanho da sua lista deve ser diretamente proporcional ao tamanho do seu saldo bancário (ou de quem vai bancar). Ou seja, quem vai determinar o número de convidados que vc deve considerar para contratar lugar, decoração, buffet, bebidas, bolo, doces, foto, convites e etc, não é a quantidade de pessoas que vc gostaria de chamar, mas sim o quanto vc pode pagar por isso.

  • Ps: vcs podem não acreditar, mas já ouvi falar de festa de casamento com 1.200 pessoas!!! Isso é que é saldo bancário!

2 comentários:

Pedro disse...

Sua professora do primário mandou o recado:

"Laurita, cadê os parágrafos?"

Laura disse...

Pedrito,
Eu juro pra vc que escrevo com parágrafos!
Meu problema não é com a tia do primário, é com a tia da informática mesmo!