domingo, 28 de setembro de 2008

Salve-se quem puder – de verdade!

O Rio de Janeiro continua lindo... Mas o Rio de Janeiro continua sendo... a cidade dos arrastões! Domingo, 8h00 da manhã, dirigia eu tranquilamente em direção à Piedade (se bem que isso dificilmente poderia ser tranquilo!), quando de repente o trânsito pára na Praça da Bandeira. Como assim? Engarrafamento no domingo de madrugada? (Oito da manhã de domingo é madrugada, né?) Bom, dali a pouco percebo o pânico nas feições dos desconhecidos à minha volta... homens gritam, mulheres choram, passageiros pulam dos ônibus e correm pelas ruas, policiais surgem de todos os cantos, a pé ou de moto, armados até os dentes, passando do meu lado como se eu estivesse no meio de uma cena de filme de guerra! Os carros começam a dar ré, as pessoas se desesperam, automóveis na contramão, de frente, de lado, de costas, cada um numa direção, uma terra de ninguém, não existe mais lei de trânsito, não existe mais regra nenhuma... só um monte de gente e de carros tentando fugir, morrendo de medo, pensando em sobreviver... Eu liguei pro Gláucio e disse ‘Oi, amigo, estou no meio de um tiroteio!’. Ao que ele responde: ‘Putz, vc tem um azar com provas na Gama Filho, né?’. Não quis ligar para os meus pais para não acordá-los... enfiei meu carro atrás de um ônibus, mas de modo que a qualquer momento eu pudesse também entrar na dança da contramão... e abri espaço para o carro da polícia passar, desvairado! E calmamente esperei o fim da confusão, porque não havia para onde ir! Resultado: entre mortos e feridos eu não faço idéia dessa contabilidade... mas eu me salvei e continuei, tranquilamente (é possível?), meu caminho seguindo a linha do trem pra fazer a minha prova...

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