Ando caindo de sono... E ao mesmo tempo não consigo dormir... A diferença do fuso confunde meu corpo, além da claridade no meio da noite, dos pássaros cantando na janela como se estivesse amanhecendo, do colchão inflável, que não é exatamente a minha cama... É... Definitivamente eu sou uma viajante fresca, não sou mochileira! Minha mala é de rodinha! ;-)
Mas, anyway, a casa do meu irmão é mto fofa e aconchegante, ficará ainda melhor qdo a mudança chegar do Brasil, o que ocorrerá em breve, pena que eu não estarei mais aqui...
Ontem acordamos e meu irmão não foi trabalhar. Tomamos café, demos uma olhada no tempo e na temperatura (indoor & outdoor), o que são coisas verdadeiramente diferentes por aqui.
Fomos passear, mas antes passamos no SystemBolaget, que nada mais é que a sistema de venda de bebidas na Suécia. Toda venda de bebidas alcoólicas no país é controlado pelo governo. Incrivelmente eu encontrei uma cachaça Pitu sendo vendida por um preço maior que a Absolut (a moça da loja não me deixou fotografar isso). Mas qq brasileiro sabe que Pitú não é lá essas coisas. Donde conclui-se que a maravilhosa cachaça Werneck encontrará com certeza um lugar vip nas prateleiras do SystemBolaget!
Depois das etílicas compras, partimos para Tjörn, a ilha onde morei qdo eu tinha 15 anos. Passamos pela ponte, paramos no Almö Livs, que era o mercadinho perto de casa,
visitamos a casa (está super abandonada... uma pena) e a minha antiga escola.
Dirigi pelas redondezas o Volvo emprestado do chefe e depois fomos para Kungälv, outra cidade, perto de Gotemburgo.
Fizemos um piquenique em meio ao vento gelado (ontem estava frio pacas!) e depois visitamos o forte semi destruído e semi restaurado, o Bohus Fästning.
No fim do dia o Jorge me deixou na casa da Ann Sofie e, depois de 14 anos, reencontrei minhas queridas amigas suecas! Ann Sofie está casada e tem três filhos: Matilda de 5 anos, Arvid de 3 anos e John, nascido há 3 semanas! A Åse tb estava lá e jantamos juntas. Dancei com as crianças, elas estavam mto curiosas sobre mim! Mto fofinhas! Batemos papo até tarde e relembramos mtas coisas (na verdade Ann Sofie relembrou muitas coisas, a minha memória é péssima! Hahahahaha...). No fim da noite fui pra casa da Åse e dormi lá.
De manhã acordei com o barulho das filhas dela, que estavam loucas pra me conhecer... Ela tem três meninas: Emma de 7 anos, Kristin de 5 anos e Ida de 2,5 anos.
As minhas amigas resolveram, definitivamente, colaborar para o baby boom sueco... E não é pra menos. A licença maternidade daqui é o sonho de todos os pais. O governo garante 80% do salário aos pais e 480 dias de licença, que pode ser dividido entre mãe e pai, como eles bem decidirem (e os pais aqui são REALMENTE participativos). Além disso, garante uma certa flexibilidade de horário de trabalho para as mães até que seus rebentos tenham completado 8 anos de idade. E as creches são relativamente baratas... Os colégios são gratuitos. Então não me espanta muito que as pessoas estejam se animando para ter tantos filhos por aqui!
Me levantei, matei a curiosidade das meninas e tomamos café da manhã. Åse tirou o dia pra ficar comigo e Ann Sofie veio com os filhos nos encontrar. Passeamos pelas redondezas a pé, fomos no mercado (os mercados aqui têm um sistema de auto-pagamento: vc pega uma maquininha leitora de código de barras, utilizando seu cartão de crédito, e compra a sacola que vc vai usar. A cada produto que vc quer comprar vc registra o preço na maquininha e ao fim vc já sabe qto vai pagar. Passa em um terminal e faz o pagamento vc mesma. Ponto final!), brincamos no parquinho, fomos almoçar, depois fomos num bazar da escola da Emma e depois voltamos pra casa.
Åse fez o jantar e depois, para inveja de minha querida irmã, fez semla pra mim (Au, eu juro que se eu pudesse eu levaria pra vc!!!). Ela foi muito legal em fazer isso. A semla é uma espécie de pão doce que se vende aqui entre Natal e Carnaval. Então, nesta época do ano, é definitivamente difícil de encontrar... É um pão com kardemumma (um tempero parecido com canela), recheado com uma pasta de amêndoa e uma gentil camada de chantily e coberto com a tampa feita do próprio pão, polvilhado com açúcar super refinado. Hummmmmmmmmm... No fim do dia (não posso falar “à noite” pq aqui não anoitece!) a Åse me levou de volta pra casa do meu irmão. Espero que não leve mais 14 anos pra gente se encontrar!!!
5 comentários:
Excelente relato, camarada! Meu próximo filho, o terei na Suécia!
Estou salivando aqui com esse pão.... Agora que estou na Inter, vou ver se acho um projeto interessante na Suécia! É o país campeão de civilidade.
E que bando de crinça fofa!
Manda um abraço para Jorge e Carol.
Não acredito que vc comeu Semla!!!! Ai que inveja, irmã!!!
Beijos
Kardemumma deve ser cardamomo, um tempero de origem indiana, muito bom. Aliás na India todo mundo tem mania de mascar um tabaco aromatizado com isso... Vc pegou a receita para preparar pra gente? rsrsrs
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