- Mesdames et Messieurs, la plus charmante ville du monde: Paris!
O avião pousou por volta das 15h ou logo depois... E o encontro estava marcado para as 16h30 na Gare du Nord. No Charles de Gaulle, quem conhece sabe bem como é: anda-se muito! Cheguei pelo Terminal 2G e andei para esperar a bagagem, depois andei pra pegar um ônibus (interno do aeroporto) até outro terminal para pegar o RER (uma das linhas de trem de Paris), depois de enfrentar uma fila na bilheteria pra comprar o ticket.
Cheguei a Gare du Nord e me perdi por lá... Depois de algumas voltas e um pouco de atraso, finalmente encontrei Marie Laure, logo abaixo da principal tabela de horários na área do Eurostar.
Marie Laure é uma fantástica garota francesa que foi designada por um amigo em comum para me receber e me ciceronear pela cidade, tarefa que ela cumpriu brilhantemente! Eu realmente nem sei como agradecer a ela tudo o que ela fez por mim nestes últimos 2 dias!
Pegamos minha bagagem e ela sugeriu que pegássemos o metrô. Foi definitivamente uma péssima idéia, coisa de mochileiro, o que eu, definitivamente não sou (eu até admiro quem seja, mas eu não sou, é preciso admitir!). O metrô, diferente do RER, não possui elevadores ou escadas rolantes. Logo, tínhamos que carregar mais de 20 kg de bagagem escada abaixo, escada acima e as estações são enormes, verdadeiros labirintos! Numa dessas descidas, não agüentei o peso e a mala caiu em cima do meu tornozelo... Arrancou a pele e está doendo até agora!
Decidi dar um fim a essa ‘pão durice’ e sugeri pegarmos um taxi na primeira estação que parássemos. Eu ficaria hospedada em um flat emprestado e Marie tinha as chaves. O flat é bem simples, mas como tudo em Paris, mto charmoso. Fica numa área bem residencial, próximo a Square des Batignolles e do Moulin Rouge, no 17º departamento (Paris é dividido assim, por departamentos, cada um com um nr, conforme se afasta do centro, meio que em forma de caracol).
Deixamos as malas por lá, o que foi mais um grande desafio, pois o apartamento fica no 4º andar e o prédio, como a maioria das lindas e antigas construções de Paris, não tem elevador!
Bom, depois de um pouco de exercício escada acima, escada abaixo, fomos relaxar e comer em uma Boulangerie (pedi um quiche lorraine e uma torta de uma fruta que eu não conhecia, a rhubarbe) e depois passeamos pelas redondezas. Vimos o Moulin Rouge, fomos para Montmartre e de lá dava pra ver Paris inteira! À noite fomos a uma festa! Falei até português, com uma moça franco-inglesa chamada Juliette, que já morou em Floripa.
Hj acordei e fui fazer o que todo mundo faz em Paris: sentei em um Café. Pedi um café com creme e uma tartine (pão com manteiga e geléia, só que com um nome mais elegante...). Mais tarde encontrei Marie e almoçamos uma deliciosa comida no jardim de um típico Bistrô francês, na rue des Dames. De lá pegamos o metrô e depois andamos por Paris até gastar a sola dos meus pés!
Paris é uma cidade fantástica! Grandiosa e ao mesmo tempo aconchegante, uma metrópole e uma província... Os milhares de Cafés, com suas mesas nas calçadas, são um convite para sentar, apreciar a beleza da cidade e observar as pessoas de todo tipo que passam por aqui. A gente anda e a cada nova esquina se surpreende com a suntuosidade dos monumentos, o luxo das construções, a leveza dos jardins... Paris é encantadora!
E foi assim, muito encantada e à vontade, que fiz minha peregrinação parisiense com minha anfitriã Marie. Fomos a Notre Dame, a Ile de La Cité, passeamos em Saint Michel, fomos ao Musée du Louvre, ao Jardin des Tuileries, vimos o Obélisque na Place de La Concorde e daí Marie teve que ir embora. Eu segui andando toda a Champs Elysées até o Arc de Triomphe. Depois fui para o Trocadero e atravessei a Pont d’léna, passando por baixo da Tour Eiffel. Andei todo o Parc Du Champ de Mars até a Ecole Militaire e fui para a Place des Invalides. Daí eu já era quase uma inválida e não agüentei mais andar! E por hoje é só, pessoal!